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Biologia
idade: 6 – 10

Olho dominante

Os alunos aprendem muito cedo que algumas pessoas são canhotas, enquanto outras são destras. Mas muitos ficarão surpresos ao descobrir que também é possível ser canhoto ou destro em relação aos olhos, e que a predominância ocular nem sempre coincide com o lado predominante das mãos. Eles ficarão ainda mais surpresos ao saber que a ciência ainda está por descobrir como a lateralidade se desenvolve nos seres humanos. Quem sabe num futuro próximo, um de seus alunos fará essa descoberta?

Tópicos e objetivos

Perceber o papel do cérebro na visão.

Descobrir que os olhos (e as pernas) têm um lado dominante, assim como as mãos.

Detectar e tratar possíveis equívocos que os alunos tenham a respeito da visão.

Dois olhos
Uma mão
Preparação

Antes de começar a discussão sobre o tema, escute atentamente a explicação que os alunos dão sobre esse efeito. Ouvi-los pode ajudá-lo a identificar possíveis equívocos que alguns deles possam ter sobre a visão.

Tarefa dos alunos

Faça um tubo imaginário com uma das mãos, a uma distância de 20 cm dos seus olhos. Em seguida, olhe seu professor através do tubo; use ambos os olhos.

1. O professor "fica" dentro do tubo se você fechar o olho esquerdo ou o olho direito?

2. O que pode ter causado esse efeito?

Perguntas orientadoras
(se for necessário)

Consegue ver o mesmo com os dois olhos?
› Não.

Quantas imagens você "vê" no seu cérebro?
› Uma.

Ao construir esta única imagem, vista a partir dos dois olhos; seus dois olhos a tratam igualmente?
› Não. Um olho tem preferência ou predominância.

Conclusões

Os olhos – assim como as pernas – têm um lado dominante como as mãos, que varia de acordo com cada pessoa. Certas pessoas até têm um lado dominante para as mãos e outro para os olhos ou pés, ou ainda mais, não têm nenhum lado dominante (ambidestros). Entretanto, é sabido que esse efeito está ligado à estrutura e ao desenvolvimento do cerébro, mas ainda não se conhecem as razões exatas para isso acontecer, e o tema continua sendo pesquisado. Aproveite a oportunidade para deixar claro que a ciência não é algo "completo"; pelo contrário, há muitas perguntas e situações do dia a dia que ainda precisam ser pesquisadas para que possamos compreendê-las melhor.